A cada dia que passa, o mercado de bicicleta se atualiza e cada vez mais vemos novos conceitos, designs, tecnologias e sistemas que visam a melhorar a experiência da pedalada, seja qual for a modalidade. Uma dessas “novidades”, se é que podemos dizer assim, é a tendência da tecnologia boost em bicicletas de mountain bike. Mas, afinal, em que ela impacta, na prática, no seu pedal? Confira a seguir.

Foi por volta de 2015 que a tecnologia boost chegou ao mercado, projetada principalmente para ser aplicada nas bikes de aro 29”, que ainda careciam de certa rigidez à época.

Inicialmente feita para bicicletas de alto rendimento, o sistema boost se democratizou e expandiu sua utilidade. Aliás, como é comum em tecnologias: os conceitos que eram exclusivos de produtos de alta performance vão encontrando espaço nos demais modelos.

Hoje, é um sistema que pode beneficiar tanto amadores quanto competidores em qualquer modalidade.

Mas o que é a tecnologia boost?

Uma explicação bem resumida é a que segue abaixo, do gerente de produtos da Isapa, Marcel Balog.

“A tecnologia boost nada mais é do que uma versão mais larga do que as convencionais dos eixos de roda. Ou seja, um eixo de roda traseira que media 142mm, com a tecnologia boost passa a ter 148mm. Já nas rodas dianteiras, que por padrão tinham 100mm, passam a ter um comprimento de 110mm com o boost”.

E quais as vantagens dela para a experiência no pedal?

Pode até parecer insignificante, mas esses poucos milímetros de diferença na largura dos eixos das rodas são capazes de transformar a sua pedalada.

Podemos listar pelo menos 3 vantagens da utilização desse sistema:

1- Rodas mais rígidas

A tecnologia boost possibilita que as flanges dos cubos, onde são fixados os raios, fiquem mais distantes uma da outra, criando assim uma estrutura mais rígida e resistente por conta da geometria da estrutura.

De acordo com Balog, mais rigidez se traduz em menos flexão, e com isso você tem uma bicicleta que vai entregar mais controle para fazer curvas e descidas técnicas, consequentemente mais segurança e velocidade.

2- Quadro mais rígido

Eixos mais largos possibilitam a criação de quadros com o triângulo traseiro mais curto e, logicamente, mais largo.

Esta mudança entrega uma mudança considerável na rigidez do quadro que, somado a rodas mais rígidas, melhoram ainda mais o controle da bicicleta.

Além disso, com essa maior rigidez, a energia da sua pedalada é transferida para a roda traseira de maneira mais eficiente, garantindo melhor rendimento e velocidade.

Traseiras mais curtas são responsáveis, também, por uma bicicleta mais ágil, especialmente em terrenos técnicos e percursos com curvas fechadas.

“A bike fica ‘mais esperta’, responde melhor. Possibilita que você faça manobras e movimentos mais ágeis com mais facilidade, permitindo contornar e superar obstáculos de uma forma mais tranquila”, explica Balog.

3- Pneus maiores

Outra vantagem é que, com eixos mais largos, ganha-se espaço entre os tubos do quadro e também do garfo. Com isso, é possível utilizar pneus maiores, uma tendência no mundo, que oferece vantagens em diversos fatores.

Resumidamente, uma bike com tecnologia boost te entrega melhor controle, segurança, transferência de energia, agilidade e conforto.

E, então, gostou das vantagens da tecnologia boost? Se você deseja uma bike que melhore a sua experiência e ofereça mais rendimento, seja ciclista amador ou competidor, vale a pena buscar uma que já conte com essa opção.