Dia Mundial Sem Carro: por que fazer parte deste movimento pelo mundo
22 de setembro de 2021
Como as pessoas se locomovem em áreas urbanas é um debate relativamente recente. Basta pensar que há pouco mais de 100 anos todo dia era o Dia Mundial Sem Carro. Hoje, quando vivemos o século XXI a plenos pulmões, esse é um movimento urgente e sem volta: um movimento pelo mundo, um movimento pela liberdade, um movimento pela vida.
Ter uma cidade mais humana, segura e que proporcione bem estar é uma tarefa nossa. Em um mundo em que cidades cada vez mais colocam carros pra rodar dia após dia, a reflexão sobre a forma como nos locomovemos – e as causas dessa locomoção – são fundamentais.
Para começar, vamos entender um pouco de onde veio esse conceito.
Surgimento do Dia Mundial Sem Carro
O movimento chegou ao Brasil em 2003, mais especificamente na cidade de São Paulo-SP. Foi criado poucos anos antes, na França, em 1997. Desde o início a ideia era uma só: estimular a reflexão sobre o uso abusivo do automóvel.
E foi um pouco além disso: a ideia era propor às pessoas que dirigem diariamente a pensarem sobre a dependência que elas criaram com os veículos a motor – sejam motocicletas ou automóveis.
É claro que o carro é uma excelente invenção. A ideia do Dia Mundial Sem Carro não é demonizar o uso do veículo. O ponto central é: será que você precisa, realmente, utilizar o carro para todos os deslocamentos?
Impacto ambiental
Os dados* são impressionantes: automóveis são responsáveis por 72,6% da emissão de gases do efeito estufa. Isso por si só já seria motivo de preocupação. Mas eles se mostram ainda mais impactantes, já que os automóveis realizam o transporte de apenas 30% da população.
São diversas substãncias tóxicas emitidas, como monóxido de carbono, óxidos de enxofre e o famoso dióxio de carbono, o CO2. Eles impactam não apenas no aquecimento global e efeito estufa, mas também em problemas de saúde em pessoas e animais.
A bicicleta em tudo isso
Além das questões ambientais, o excesso de carros traz outros problemas que são mais visíveis a olho nu. Cidades como Recife, Rio de Janeiro e Fortaleza, por exemplo, têm trânsitos extremamente pesados, que fazem com as pessoas percam horas e horas por semana dentro do carro – paradas ou andando muito devagar.
Que tal a gente criar um trânsito mais racional?
Sim, estamos falando da bicicleta. Os benefícios de utilizar a bicicleta para o transporte urbano são inúmeros. Aqui, vamos chamar a atenção para alguns deles:
- Liberdade: ela traz liberdade. Leveza, vento no rosto, movimento que nos leva para o futuro.
- Percepção da cidade: quem pedala conhece a cidade de um jeito completamente diferente de quem está dentro do carro. As cores, os cheiros, as pessoas: tudo muda.
- Melhora na saúde: pedalar traz melhoras na saúde física e mental. Mais saúde, menos colesterol e mais resistência muscular.
- Injeção de ânimo: pedalar libera endorfina (conhecida como hormônio da felicidade) e aumenta a sensação de bem estar, melhorando também a qualidade de vida.
- Não polui: e aqui não estamos falando da poluição com a emissão de gases, mas também do silêncio que ela proporciona. Não tem motor, não tem barulho e não gera poluição sonora.
- Economia: enquanto publicamos este texto, o litro da gasolina chega a 7 reais em alguns lugares do Brasil. Quem anda de bicicleta não tem essa problema.
E o que podemos fazer?
Se você já utiliza a bicicleta nos deslocamentos diários, ótimo! Mas se ainda não é o caso, esse 22 de setembro, o Dia Mundial Sem Carro, é uma ótima chance para experimentar uma cidade diferente. Pedalar traz todas essas vantagens que vemos aí acima – tanto para você quanto para o meio ambiente.
Bora ir de bike? Um movimento pelo mundo, um movimento Isapa.
*dados do Inventário de Emissões Atmosféricas do Transporte Rodoviário de Passageiros de São Paulo.