Diversão surreal no mountain bike: qual é a sensação de pedalar à noite?
07 de fevereiro de 2025

Descubra como pedalar no escuro pode transformar sua experiência sobre duas rodas
Pedalar à noite não chega a ser uma novidade. E esta prática tem aumentado nos últimos tempos, especialmente por um ponto específico. Cada vez mais compactos e potentes, os sistemas de iluminação para bicicletas abrem um enorme leque de possibilidades para quem deseja viver uma experiência diferente sobre duas rodas, fazendo trilhas realmente desafiadoras no escuro.
Afinal, há alguns anos, um farol de bike potente o suficiente para encarar uma trilha geralmente consistia em uma lâmpada convencional montada no guidão, frequentemente acompanhada de uma bateria volumosa fixada no quadro. Mesmo assim, tanto a autonomia quanto o poder de iluminação eram limitados – com isso, pedalar à noite em uma trilha “de verdade”, no estilo singletrack, com obstáculos técnicos pelo caminho, era bem mais complicado.
A tecnologia vem tornando essa prática mais segura e muito mais divertida. Os diversos produtos oferecidos pela Magicshine são um exemplo disso - especialmente com a evolução dos LEDs e das baterias. Hoje, existem faróis como o Magicshine Ray 2100 ou o Evo 1300, capazes de inundar a trilha com luz. E que não são nem maiores nem mais pesados do que um farolete comum, desses de baixa potência para pedalar à noite nas cidades.
Como pedalar à noite pode ser uma experiência surreal
O primeiro passo para se divertir nas trilhas noturnas é escolher um bom farol para a bike e outro para o capacete. Por isso, confira este artigo comparando diversos faróis da Magicshine e escolha o sistema adequado para o seu rolê – nos nossos pedais noturnos, optamos pelo Evo 1300 como luz principal e pelo compacto Allty 400 como luz secundária, montada no capacete.
Mesmo com anos de experiência sobre a bike, pedalar à noite, no escuro, foi um desafio completamente novo para nosso piloto de testes. A sensação de imersão é intensa: a escuridão ao redor amplifica cada ruído da mata, enquanto a luz recorta o caminho à frente como um túnel.
A percepção do terreno muda: você perde a noção da profundidade dos buracos, e olhar ao redor das curvas mais fechadas para ver o caminho, mesmo virando a cabeça para tentar iluminar o terreno com a luz do capacete, muitas vezes é ineficiente, especialmente nos cotovelos. Aí, resta acreditar que o caminho à frente está livre.
A sensação de velocidade também muda e, mesmo que você sinta que está indo mais devagar, a adrenalina é igualmente grande, e muitas vezes até maior do que de dia. Pedalar à noite nas subidas, com o farol principal em baixa potência ou desligado para economizar a bateria, os contornos ganham mais vida ao seu redor. Além disso, o tempo mais fresco e a ausência do sol deixam até as piores rampas mais fáceis de encarar.
Porém, nas descidas, a sensação de imersão cria um cenário completamente surreal, e o cérebro precisa de um bom tempo para começar a se acostumar com a situação. Nos singletracks você se sente em um túnel, e no estradão a poeira levantada pela bicicleta que vai à frente é refletida pela luz do seu capacete, colocando você dentro de uma nuvem de pequenas partículas brilhantes.
A cada trecho, a confiança na iluminação aumenta e o pedal noturno vai se tornando mais fluido. A trilha, que antes parecia um desafio intimidador, se transforma em um jogo de luz, sombras e muita pilotagem. No fim, o que era incerteza se torna diversão, e fica difícil não querer repetir a experiência de pedalar à noite o quanto antes.
Fotos: Denis DBikers / Rolê e texto: Gustavo Cebo.