De bicicleta: como algumas capitais estão tratando a questão das ciclovias no Brasil?
02 de setembro de 2020
Com uma gradual flexibilização da economia e com as principais cidades relaxando as políticas de isolamento, a bicicleta tem se tornado a melhor alternativa para deslocamentos urbanos, seja para ir ao trabalho ou como uma forma de lazer. Inclusive é recomendada pela OMS como o modal de transporte mais seguro no que diz respeito à saúde e distanciamento social. Mas como estão as estruturas das ciclovias no Brasil para pedalar? Confira a seguir um panorama sobre algums das principais cidades do país e a malha cicloviária.
Diversos estados têm visto o potencial da bicicleta como uma real solução aos problemas de mobilidade urbana. Tanto é que, em 4 anos, houve um aumento de 133% na malha cicloviária do país.
Hoje, ao todo, são mais de 3 mil quilômetros de ciclovias no Brasil, de acordo com o estudo “Economia da Bicicleta (2018)”, realizado pela Aliança Bike e o Laboratório de Mobilidade Sustentável da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LabMob/UFRJ). Este número representa a soma das ciclovias e ciclofaixas das 27 capitais. E mostra que, com investimento em infraestrutura e segurança aos ciclistas, a tendência é que cada vez mais esses espaços sejam ocupados pelas bicicletas.
Ciclovias no Brasil: como as principais capitais estão se estruturando?
Atualmente, a cidade de São Paulo é a capital que possui a maior malha cicloviária do país, com 504km de vias com tratamento cicloviário permanente, sendo 473,7km de ciclovias/ciclofaixas e 30,3km de ciclorrotas. Na sequência aparecem Brasília, com 465km de ciclovias e, em terceiro lugar, a cidade do Rio de Janeiro, com 458 km de vias para locomoção de bicicleta.
Num movimento semelhante ao que tem sido visto ao redor do mundo, a capital cearense Fortaleza vem apostando na bicicleta como uma forma de transporte limpo, não poluente, e que colabora com o distanciamento físico em tempos de pandemia. Para se ter uma ideia, apenas entre maio e julho, foram implantados 13km de novas estruturas cicloviárias na cidade. No total, Fortaleza já totaliza 300km de rede cicloviária.
Depois, vemos Curitiba-PR, com pouco mais de 208 km de ciclovias – o plano é ter uma malha cicloviária de 408km até 2025 –, Rio Branco-AC, com 178km e Salvador-BA, com 145km.
Estes são exemplos do que tem sido feito na infraestrutura das ciclovias no Brasil pelas principais capitais. E aí na sua cidade como tem sido?
Para quem quiser ver mais detalhes sobre a realidade da malha cicloviária brasileira, o estudo completo citado acima está neste link.
É fato que há, sim, uma grande demanda. E o aquecimento do mercado de bikes também corrobora muito com isso. Mas é preciso mais: tratar da integração dos vários modais de transporte é algo fundamental, assim como desenvolver políticas de incentivo ao uso da bicicleta, que pode trazer benefícios para a cidade como um todo.